Perda Auditiva Súbita: Uma Emergência que Precisa de Atenção Imediata do Otorrino

Imagine acordar com um ouvido completamente surdo ou sentir que a audição diminuiu drasticamente em poucas horas. Isso é a perda auditiva súbita (ou Surdez Súbita Idiopática), e é uma condição que exige atenção médica imediata. Diferente da perda auditiva gradual, esta é uma emergência otorrinolaringológica: quanto mais rápido o tratamento for iniciado, maior a chance de reversão do quadro.

O Que Caracteriza a Perda Auditiva Súbita?

A condição é definida pela perda de audição de, pelo menos, 30 decibéis em três frequências consecutivas, que ocorre em um período de até 72 horas. Na maioria dos casos, afeta apenas um ouvido.

  • Sintomas Comuns:
    • Perda Auditiva Repentina (o som “some” ou fica muito baixo).
    • Sensação de “ouvido tampado” (plenitude auricular).
    • Zumbido (tinnitus) súbito e intenso no ouvido afetado.
    • Vertigem (tontura rotatória) em alguns casos.

As Causas e Por Que o Tempo é Ouro

Na maioria das vezes, a causa exata da perda auditiva súbita é idiopática (desconhecida), mas as hipóteses mais aceitas envolvem:

  1. Causas Virais: Inflamação do nervo auditivo (coclear) causada por vírus (como herpes ou caxumba).
  2. Problemas Vasculares: Obstrução de vasos sanguíneos que irrigam a cóclea (órgão da audição).
  3. Ruptura de Membranas: Pequenos vazamentos de fluidos do ouvido interno.

O tempo é fundamental porque o tratamento (geralmente com doses altas de corticoides) precisa ser iniciado nas primeiras horas, idealmente nas primeiras 72 horas após o início dos sintomas, para aumentar significativamente a chance de recuperação total da audição.

Diagnóstico e Tratamento Imediato

  1. Diagnóstico: O Otorrinolaringologista solicitará uma Audiometria Tonal de urgência para confirmar o grau da perda. Exames de imagem (ressonância magnética) podem ser necessários para descartar outras causas, como tumores no nervo auditivo (neurinoma do acústico).
  2. Tratamento: O protocolo padrão envolve o uso de corticosteroides. Eles podem ser administrados por via oral ou, em muitos casos, injetados diretamente no ouvido médio (tratamento intratimpânico) para alcançar altas concentrações no ouvido interno.

Em caso de dúvida ou sintomas persistentes, procure o Otorrinolaringologista, para um diagnóstico preciso.

Dra. Maria Angela Zamora Gregolin

Otorrinolaringologista
CRM-SP 208118 | RQE 130533

Sou graduada em Medicina pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) – campus Presidente Prudente. Realizei residência médica em Otorrinolaringologia pelo Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, com título de especialista reconhecido pela Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

Aprofundei minha formação com subespecialização (Fellowship) em Rinologia Funcional e Cirurgia da Base do Crânio pela Santa Casa de São Paulo, com enfoque em cirurgias minimamente invasivas do nariz e dos seios da face, além de rinosseptoplastia funcional. Sou também staff do curso de Cirurgia Endoscópica Nasossinusal da Santa Casa de São Paulo, atuando na formação de novos especialistas.

Realizo atendimento ambulatorial e cirúrgico voltado à saúde do nariz, ouvido e garganta. Atendo crianças, adultos e idosos, sempre com um olhar integral — tratando não apenas doenças, mas cuidando da pessoa como um todo.
Se você deseja entender melhor sua condição e buscar um tratamento personalizado, agende uma consulta e venha cuidar da sua saúde com atenção e acolhimento.